Uberaba Sport Club, 98 anos de glória

Fundado em 15/07/1917, o Uberaba Sport sempre teve uma torcida apaixonada. Esse espaço pretende resgatar a bela história de nosso querido clube. É muito bom reviver esses grandes momentos, que explicam a paixão de nossa torcida, cada dia mais orgulhosa dos grandes jogos que voltaram a colorir o Uberabão. Nossa história é recheada de conquistas. Por várias vezes fomos os melhores do interior mineiro e, nos anos de 1981 e 1983, subimos direto para a Taça de Ouro, a partir da Taça de Prata. A Taça Minas Gerais, conquistada em 1980, não consta dos arquivos da Federação Mineira e é creditada ao América em algumas publicações. Mas eu estava lá... e vi o Uberaba levantar a Taça, já em 81, com uma vitória por 2x1, aos 50 minutos do segundo tempo, gol do lateral esquerdo Aldeir, após uma longa batalha jurídica contra a Federação Mineira. Nos posts a seguir, tento colocar os pingos nos is, e tenho certeza de que os mais jovens sentirão mais forte o orgulho de ser Colorado. Abaixo, assista aos dois gols do USC marcados contra o Flamengo, em 1981. Aquele primeiro tempo foi simplesmente fantástico. Foi uma derrota, mas a forma como o Colorado jogou foi incrível. Afinal, enfrentar o campeão brasileiro, o time do Zico, no Maracanã, e abrir 2x0... Até hoje escuto o barulho dos fogos.












segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Uberaba Sport Club x Uberlândia Esporte Clube: uma rivalidade bem antiga.

A história registra que a fundação do Uberlândia Esporte Clube deu-se em 1º de novembro de 1922 após um desentendimento entre os integrantes dos partidos Cocão (Republicano Municipal) e Coiós (Republicano Mineiro). Quando foi criado, o clube se chamava Uberabinha Sport Club — uma referência a São Pedro do Uberabinha, como era chamado o município naquela época.

Vários documentos históricios, contudo, registram que a fundação do clube pode ter ocorrido em uma data anterior, e que o dia 01/11 poderia representar um movimento de refundação do clube. O Livro “História do Futebol em Uberaba”, publicado originalmente em 1922, registra seis partidas entre o Uberaba Sport Club, fundado em 24/06/1917, e o Uberabinha Sport Club, antes da data comemorada como sendo da fundação do Uberabinha (hoje Uberlândia Esporte Clube).
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Seriam elas:
20/01/1918 Uberaba 2x0 Uberabinha
18/08/1918 Uberaba 3x1 Uberabinha
19/10/1918 Uberabinha 1x1 Uberaba
25/05/1919 Uberaba 2x1 Uberabinha
20/07/1919 Uberabinha 1x1 Uberaba
06/06/1920 Uberaba 9x1 Uberabinha
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As referências ao Uberabinha Sport Club surgem também em jornais da cidade de Uberabinha (que só viria a se transformar em Uberlândia no ano de 1929). O Uberabinha seria um misto dos antigos clubes Spartano e Rio Branco, conforme informações contidas no jornal “A Notícia”, em edição do dia 04/08/1918. Outro relato, publicado no jornal “A Tribuna”, de 13/06/1920, confirma a goleada aplicada pelo Uberaba na semana anterior, devidamente registrada no livro uberabense.
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Esta partida merece ser relatada, pela riqueza dos detalhes encontrados sobre a mesma e a coincidência sobre o resultado final nas publicações das duas cidades. Segundo o historiador Hildebrando Pontes, em seu “História do Futebol em Uberaba” estava em disputa a Taça “Alceu de Miranda”, oferecida pelo Sr. Cantidiano de Almeida, um dos fundadores do Uberaba Sport. Antes da partida, tocou a banda Ítalo-Brasileira. Havia dois preços para os ingressos: 3$000 nas arquibancadas e 1$500 nas gerais.
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A seguir transcrevemos parte da coluna “Crônica da Cidade”, publicada no jornal Correio de Uberlândia em 20/11/2007, que também fala dessa partida:
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Uma notícia esportiva publicada no jornal “A Tribuna”, de 13/06/1920, nos traz algumas surpresas. A primeira é a que fala do jogo ocorrido em Uberaba, no Campo da Misericórdia, entre as equipes do Uberaba Sport Clube e do Uberabinha Sport Club. Já tínhamos descoberto um jogo do Uberabinha em 1918, agora nos surge este de 1920, a nos mostrar que em 1922 não houve a fundação do UEC, como a história tem registrado, mas o seu renascimento — ou a confirmação de sua existência.

A segunda é interpretação disparatada do resultado: apanhamos de 9 a 1 e o cronista tem a coragem de falar em “Victoria moral”. O título da matéria é “Foot-Ball – Match Intert-Municipal” e os subtítulos: “A nossa Victória Moral! Revanche — Revanche!” Lê-se tudo e não se encontra o que justifique a tal vitória “moral”.

Antigamente, um encontro futebolístico era um acontecimento cívico. Tão logo o Uberaba desafiou o Uberabinha, os jogadores (dizia-se “players”) muniram-se de listas e invadiram o comércio pedindo auxílio para passagens e estadia. Foram atendidos. Dez horas da manhã, a estação da Mogiana estava apinhada de torcedores e autoridades que foram despedir-se dos atletas. Heróicos pracinhas seguindo para a guerra.

À partida do comboio “ouviram-se vibrantes aclamações partidas de todos os logares”. Ao aproximar-se da estação de Uberaba, o trem começou a apitar avisando a chegada dos atletas. A estação também estava cheia. Gritavam “vivas” e uma banda de música sapecou alguma peça maviosa.

Encaminhados ao hotel, os atletas logo se uniformizaram e seguiram para o campo. O jogo começaria às 15h30. Nos primeiros minutos, o goleiro uberabinhense, Fefé, conhecido por suas maluquices, suas gracinhas em campo, como matar a bola no peito e sair jogando, tirar de cabeça os petardos dos adversários, tentar driblá-los, aprontou. O cronista fala em “delinqüência flagrante do nosso goal keeper”. Insensível aos seus comandos, o “capitain” Paco solicitou ao juiz que lhe permitisse tirá-lo do jogo.

Naquele tempo, os times não tinham reservas. Quando, por algum motivo, alguém precisava ser substituído, o responsável pelo time pedia a qualquer um que entrasse. O sujeito geralmente estava de roupa comum, às vezes até de terno, sem material, sem nada. Era um substituto verdadeiramente improvisado. Como estava na arquibancada um velho torcedor que há anos deixara de jogar, puseram-no no lugar do Fefé. Chamava-se Magno. E isso foi aos 35 minutos do primeiro tempo, quando Fefé já tinha engolido quatro!

No segundo tempo ou no segundo “half time”, como se dizia, Lopes sentiu-se mal e pediu para sair. Como não havia mais ninguém em condição de entrar em campo, ficamos com 10. Enfiaram mais cinco.

Ao fim do jogo, os atletas uberabinhenses foram conduzidos de automóvel para o hotel e, depois de banhados e trocados, foram para a sede do Uberaba Sport. Após as delicadezas de praxe, usou da palavra o orador oficial do Uberabinha, Aldeonoff Povoas (nunca ouvi falar dele). Ao final, ergueu um “viva” aos adversários. A resposta à altura foi dada pelo orador oficial da casa que também terminou com um “viva” aos uberabinhenses.

Às 14h30 do dia seguinte embarcaram de volta. Na estação de Uberaba, conforme expõe o articulista, estava o mundo intelectual, o mundo político, o mundo esportivo, o mundo social, sem distinção de classes. Que despedida, hein? Na estação de Uberabinha, o povo esperava. Ninguém sabia da lavada. Naquele tempo não havia nem TV nem rádio, as notícias se arrastavam. O povo, entusiasmado e curioso, já desconfiou do fiasco ao ver as caras dos atletas confrangidas. A decepção confirmou-se no “belo improviso” do orador oficial: “Povo de Uberabinha! Saímos daqui com a sublime esperança de uma aurora boreal e viemos com a lágrima brincando em nossos olhos e com o coração marchetado de agonia!” Também, com nove nas costas…

O grande conforto, segundo o orador foi: “o goal do adversário foi uma vez furado por Manoel Theodoro, um filho de Uberabinha!” Como se nota, em nenhum momento há uma razão para a tal vitória moral.

No livro de Hildebrando Pontes, famoso historiador uberabense, consta a ficha técnica da partida:

Uberaba 9x1 Uberabinha
Data: 06/06/1920
Motivo: Taça “Alceu de Miranda”.
Local: Campo da Misericóridia, Uberaba - MG.
Uberaba: Pino, Oto e Miguel, Hildebrando, Badu e Valter, Maciel, Kiki, Valfredo, Gonçalo e Rodarte.
Uberabinha: Tefé, Schille e Acrísio, Paco, Ari e Chico, Teodoro, Ermelindo, ?, Lopes e Pedro.Gols: Kiki (5), Valfredo (1), Maciel (1), Gonçalo (1) e Rodarte (1). Ermelindo (1)
Árbitro: Sr. E. Fantato.
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Obs.: Nota-se apenas uma contradição entre os dois documentos históricos. Enquanto a publicação uberabense credita o gol uberabinhense a Ermelindo, a publicação uberabinhense o concede a Manoel Theodoro.
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Fontes:
- História do Futebol em Uberaba, Hildebrando Pontes, 1922, pág. 182
- Jornal Correio de Uberlândia, Coluna Crônica da Cidade, Antônio Pereira, 20/11/2007
- Jornal Correio de Uberlândia, por Rogério Tadeu, 1/11/2007
- O ideal de progresso e a cidade de Uberabinha: Evidências oficiais - 1888 a 1922, Willian Douglas Guilherme.

sábado, 8 de dezembro de 2007

1957: Equipe argentina derrotada pelo Uberaba inspira criação de time amador em Nova Ponte.

No início de 1957, o Rosario Central, tradicional equipe argentina, fez uma excursão ao Brasil. Em 20/01/57, os argentinos foram derrotados pelo Colorado, no estádio Boulanger Pucci, por 2x1.
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Essa partida inspirou a criação de uma das mais importantes equipes do futebol amador de Nova Ponte, cidade próxima a Uberaba. O Rosário Central Futebol Clube foi fundado ainda no ano de 1957, pelos irmãos Joaquim e Jorge Costa, que gostaram do nome do time argentino e das cores do seu uniforme.
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sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Lourival Balduíno do Carmo, o Barão.

O Uberaba tem um hino que faz arrepiar os uberabenses. Versos ora simétricos, ora quebrados, desenvolve, todavia, um canto de loas ao clube do coração e que hoje, mais forte que nunca, está incorporado às próprias tradições da cidade. E foi Lourival Balduíno do Carmo, o "Barão", quem colocou versos lindos na maravilhosa música do maestro Rigoleto de Martino, que ainda hoje transmite aos torcedores do clube um momento de euforia e alegria incontida. Sherlock Holmes Marinho, bancário aposentado e sobrinho de "Barão", é quem dizia: "Tenho na minha casa em São Paulo, o disco do Uberaba. Ouço sempre para amenizar a saudade que sinto. Sempre que viajo, a gravação vai para o toca-fitas do carro. É para matar as imensas saudades".
As informações descritas acima, bem como o texto abaixo foram extraídas do livro "Causos de Nenê Mamá - 40 anos de futebol em Uberaba", escrito pelo jornalista Luiz Gonzaga de Oliveira em 1997, e contam um pouco da vida e da obra do folclórico Lourival Balduíno do Carmo, mais conhecido como "Barão", autor da letra do hino do Uberaba Sport.
"Barão, o folgado"
Lourival Balduíno do Carmo tinha estatura mediana, cor bem amorenada, um bom humor de fazer inveja a qualquer pessoa; falava fluentemente, sem ser arrogante. O apelido Barão, na verdade, talvez lhe tivesse sido dado pelo jeito educado com que tratava as pessoas, crianças, jovens e adultos. “Barão”, com quem quer que fosse, tinha sempre uma postura elegante e cheia de boas maneiras. Seu apelido, quem sabe, tivesse algo a ver com a sua fidalguia.

De poucos estudos, como gostava de se anunciar, era, no entanto, o que se pode chamar de autodidata. Se, se falasse com ele sobre política, tinha sempre uma opinião na “ponta da língua”. Fosse o assunto culinária, era com ele mesmo. Se, se enveredasse para economia ou pesquisa de mercado, o “Barão” tinha sempre o gosto da palavra.

Mas, o que mais fazia bem era escrever discursos. Criar frases de retórica e, Deus meu! Suas poesias eram metrificadas e todas com a verdadeira rima. Ninguém melhor que Lourival Balduíno do Carmo, ou, perdão, “Barão”, para escrever cartas de amor em nome de terceiros à sua ou ao seu bem-amado.

Pobre, porém, não soberbo, “Barão” era também o típico professor de roça. Suas andanças não iam além de Uberaba para Veríssimo, “Capão da Onça”, Campo Florido e quetais.

Família grande, tinha na esposa Licota uma companheira de primeira hora. Jamais se queixou da falta de nada em casa. Mesmo quando a situação estava brava, um “mundo de filhos”, Dona Licota deixou de ser a “mulher do Barão”. Mesmo quando ele ficava, dias e dias, meses e meses fora de casa, sem se importar se a esposa e os filhos estavam vivos, com ou sem fome. Era assim que “Barão” gostava de viver. Entre outras de suas virtudes, estava a de compositor e, embora sem que tivesse qualquer professor, arranhava no seu velho violão as notas musicais que serviriam de acompanhamento às valsas, shotis, marchas e modinhas que compunha. Sua composição mais famosa, sem dúvida, foi a letra de uma marcha de Rigoleto de Martino, que ficou imortal aqui na santa terrinha: o hino do Uberaba Sport Club. “Tenho fulgente história, até os deuses já cantam a minha glória, sou o valente campeão, que de Uberaba possuo o coração” e, por aí afora.

Mas voltemos ao “Barão”, lírico, poeta, escritor e professor de roça.

Certa vez, depois de passar meses fora de casa, sem saber o que estava acontecendo com Dona Licota e sua penca de filhos, eis que reaparece, glorioso, altivo e falante, o nosso Lourival Balduíno do Carmo, o “Barão”:
- Que papelão, hein, seo Barão!? – foi logo praguejando D. Licota.
- Eu aqui, quase passando fome com os meninos e você nessas andanças de vagabundagem, seu... – e parou por aí.

“Barão”, na maior calma do mundo, sem perder o seu jeito fleumático, sorriu e tentou convencer a mulher:
- Licota, minha querida, nem queira saber como “passei bem” esse período. Era churrasco que me ofereciam, galinhadas das mais suculentas, arroz doce de sobremesa quase toda a noite, suã e costelinha de porco...Ah! Licota, já estou ficando com saudades...

Nesse ponto, veio a indignação maior da esposa:
- E dinheiro, Barão, dinheiro! Você trouxe para pagar as nossas contas?

Com ar pomposo, olhando de cima para baixo a mulher, o nosso “Barão”, foi enfático:
- Ah! Licota, dinheiro eu não trouxe não, mas deixei por lá grandes amizades....

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

1964: Siderúrgica foi o campeão mas não bateu o Uberaba.

Em 13 de dezembro de 1964, a Tartaruga, animal escolhido pelo cartunista Mangabeira para simbolizar o time de Sabará, protagonizou o capítulo final de uma fase romântica no futebol mineiro, ao conquistar o último título estadual antes da inauguração do Mineirão. No Estádio Otacílio Negrão de Lima, a Alameda (hoje, um supermercado), o time comandado por Dorival Knipell, o Yustrich, venceu o anfitrião América por 3 a 1 e deu início à festa na cidade histórica, distante apenas 25 km de Belo Horizonte.

Curiosamente, o único time aquele campeonato a não perder para o Siderúrgica foi o Uberaba. Em dois jogos muito duros, em Sabará e Uberaba, o placar não saiu do zero.

13.09.1964
Siderúrgica ox0 Uberaba

15.11.1964
Uberaba 0x0 Siderúrgica

2007: A campanha do Uberaba Sport.

A Campanha do Uberaba Sport Club em 2007 foi a seguinte:

28/01 Uberaba 0x0 Tupi (Clube amador de Uberaba) - Amistoso
30/01 Uberaba 3x0 Matonense - Amistoso
02/02 Matonense 2x4 Uberaba - Amistoso
04/02 Seleção Conquistense Sub-21 1x7 Uberaba - Amistoso
11/02 Social 0X1 Uberaba - Módulo II do Campeonato Mineiro
25/02 Uberaba 1X1 Formiga - Módulo II do Campeonato Mineiro
04/03 Valério 1X2 Uberaba - Módulo II do Campeonato Mineiro
11/03 Extrema 2X2 Uberaba - Módulo II do Campeonato Mineiro
18/03 Uberaba 5X0 Atlético TC - Módulo II do Campeonato Mineiro*
25/03 Uberlândia 0X0 Uberaba - Módulo II do Campeonato Mineiro
01/04 Uberaba 5X2 URT - Módulo II do Campeonato Mineiro
08/04 URT 0X2 Uberaba - Módulo II do Campeonato Mineiro
15/04 Uberaba 2X1 Uberlândia - Módulo II do Campeonato Mineiro
01/05 Uberaba 0X0 Extrema - Módulo II do Campeonato Mineiro
07/05 Uberaba 1X2 Valério - Módulo II do Campeonato Mineiro
13/05 Formiga 0X1 Uberaba - Módulo II do Campeonato Mineiro
20/05 Uberaba 1X0 Social - Módulo II do Campeonato Mineiro
27/05 Formiga 2X1 Uberaba - Módulo II do Campeonato Mineiro
03/06 Uberaba 0X0 Uberlândia - Módulo II do Campeonato Mineiro
11/06 Social 0X0 Uberaba - Módulo II do Campeonato Mineiro
17/06 Uberaba 2X1 Valério - Módulo II do Campeonato Mineiro
24/06 Uberaba 4X1 URT - Módulo II do Campeonato Mineiro
30/06 URT 2X1 Uberaba - Módulo II do Campeonato Mineiro
08/07 Valério 0X0 Uberaba - Módulo II do Campeonato Mineiro
15/07 Uberaba 1X1 Social - Módulo II do Campeonato Mineiro
22/07 Uberlândia 1X2 Uberaba - Módulo II do Campeonato Mineiro
29/07 Uberaba 2X0 Formiga - Módulo II do Campeonato Mineiro
12/08 Ituiutaba 0X1 Uberaba - Taça Minas Gerais
19/08 Uberaba 0x0 Uberlândia - Taça Minas Gerais
26/08 Democrata SL 1x2 Uberaba - Taça Minas Gerais
30/08/2007 Araxá 1x0 Uberaba - Amistoso
02/09 Uberaba 1x0 Tupi - Taça Minas Gerais
04/09 Uberaba 1x1 Araxá - Amistoso
09/09 Uberaba 2X2 América - Taça Minas Gerais
16/09 América 3X2 Uberaba - Taça Minas Gerais
23/09 Tupi 3X0 Uberaba - Taça Minas Gerais
30/09 Uberaba 2X0 Democrata/SL- Taça Minas Gerais
06/10 Uberlândia 3X0 Uberaba - Taça Minas Gerais
13/10 Uberaba 0x0 Ituiutaba - Taça Minas Gerais
20/10 Uberaba 2X1 Ituiutaba - Taça Minas Gerais
28/10 Ituiutaba 3x0 Uberaba - Taça Minas Gerais

* Como o jogo foi anulado e seu resultado cassado, após a exclusão do Atlético TC do campeonato, para efeito de estatística tal jogo pode ser considerado como amistoso.

Resumo da campanha:
41 jogos, 20 vitórias, 13 empates e 08 derrotas. 53 gols marcados e 38 gols sofridos.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

1983: Um curioso exame anti-doping no Clássico do Triângulo

Em 25/09/83 o Uberlândia venceu o Uberaba no Estádio Parque do Sabiá por 1x0 pelo Campeonato Mineiro. Foi a única vitória do Verdão sobre o Zebu em quatro jogos do campeonato daquele ano. Mas o que mais chamou atenção nesse jogo foi o conteúdo dos frascos que deveriam conter o material dos jogadores do Uberlândia, Geraldo Touro e Zecão, para a realização do exame anti-doping. Ao invés de urina, os vidrinhos continham guaraná. Chamados para depor os jogadores do Uberlândia confirmaram que fizeram xixi nos vidrinhos e o presidente do clube, Elmo Siles, acusou a federação de negligência. A história ficou por isso mesmo. Em tempo: Nos outros três clássicos do campeonato daquele ano, o Uberaba ganhou dois e empatou um.
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Os Clássicos do Triângulo no Campeonato Mineiro de 1983:
07/08/1983 Uberaba 1x0 Uberlândia
25/09/1983 Uberlândia 1x0 Uberaba
09/11/1983 Uberaba 1x1 Uberlândia
07/12/1983 Uberlândia 2x3 Uberaba

domingo, 14 de outubro de 2007

1986: Uberaba conquista o Torneio de Acesso.

No final do ano de 1986, a Federação Mineira de Futebol organizou, com o apoio da CBF, o Torneio de Acesso, que garantiu vaga do campeão no Campeonato Brasileiro de 87 (Série C). O Torneio foi disputado por 09 clubes, participantes da primeira divisão mineira, divididos em duas chaves. O Democrata de Governador Valadares, que seria a décima equipe, desistiu antes do início da competição. O Uberaba, que não havia feito um bom campeonato mineiro, viu nessa competição a chance de conquistar o título prometido pelo folclórico presidente Luciano Rangel Pinheiro.

O zagueirão Beto Fuscão

O Uberaba tinha em seu elenco jogadores veteranos, consagrados no futebol brasileiro, como Edu Bala, Marinho Rã, Beto Fuscão e Toinzinho e algumas jovens promessas, como o bom lateral direito Marcinho. A equipe iniciou o torneio comandada por Aristeu Resende, mas a irregularidade no início da competição fez com que o Uberaba contratasse o treinador José Carlos Fescina, que assumiu o time na penúltima rodada da fase classificatória (empate em 0x0 com o Nacional) .


O treinador José Carlos Fescina

Apesar do mau relacionamento com algumas das estrelas da equipe, como Edu Bala e Paraná, Fescina comandou a equipe durante todo o Hexagonal final e conseguiu o título, após uma batalha ponto a ponto contra o Valeriodoce de Itabira.

O Torneio:

Grupo A: Democrata (Sete Lagoas), Tupi (Juiz de Fora), Valeriodoce (Itabira), Villa Nova (Nova Lima).

Grupo B: Caldense (Poços de Caldas), Esportivo (Passos), Fabril (Lavras), Nacional (Uberaba), Uberaba.

A campanha do Colorado:

Primeira fase:
21/09/86 Fabril 0x0 Uberaba
02/10/86 Uberaba 4x0 Caldense (Esquerdinha, Aldeir, Beto Fuscão e Zé Maria)
05/10/86 Nacional 1x2 Uberaba (Paraná e Zé Maria)
12/10/86 Uberaba 0x0 Esportivo
19/10/86 Uberaba 2x1 Fabril (Paraná e Toinzinho)
29/10/86 Caldense 1x0 Uberaba
02/11/86 Uberaba 0x0 Nacional
09/11/86 Esportivo 1x0 Uberaba

Classificação: Esportivo (11), Uberaba e Caldense (09) classificados para o Hexagonal final.


Hexagonal final:
13/11/86 Uberaba 1x1 Valeriodoce (Paraná)
16/11/86 Caldense 0x0 Uberaba
19/11/86 Uberaba 2x1 Democrata (Paraná e Cabrinha)
23/11/86 Esportivo 2x1 Uberaba (Paraná)
27/11/86 Tupi 1x2 Uberaba (Binga e Cabrinha)
30/11/86 Valeriodoce 1x1 Uberaba (Edu Bala)
03/12/86 Uberaba 4x1 Caldense (Marinho Rã - 2, Esquerdinha e Cabrinha)
07/12/86 Democrata 0x1 Uberaba (Marinho Rã)
10/12/86 Uberaba 2x0 Esportivo (Cabrinha e Marinho Rã)
14/12/86 Uberaba 2x1 Tupi (Edu Bala e Esquerdinha)
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Ficha Técnica do último jogo:
Uberaba 2x1 Tupi
Local: Estádio Municipal Engenheiro João Guido (Uberabão)
Renda Cz$ 122.560,00
Público: 6.128
Árbitro: Custódio José Pereira
Uberaba: Édson Luís, Marcinho, Joílson, Zé Maria e Odair; Túlio, Paraná e Esquerdinha (Pepe); Edu Bala (Toinzinho), Marinho Rã e Cabrinha.
Tupi: Ica (Amauri), Evaldo, Élvio, Édson e Sinval; Gelson, Manuel (Gérson) e Luís Carlos; Paulo Roberto, Hamilton e Valdir.
Gols: Edu Bala (28' 1 T), Esquerdinha (17' 2 T) e Luís Carlos (23' 2 T).


Classificação final:
1º Uberaba (campeão) 15

2º Valeriodoce (vice-campeão) 14
3º Esportivo 09
4º Tupi 08
5º Democrata 07
6º Caldense 07


Resumo: 18 jogos, 09 vitórias, 06 empates e 03 derrotas. 24 gols marcados e 12 gols sofridos.

Artilheiros: 5 gols: Paraná; 4 gols: Marinho Rã e Cabrinha; 3 gols: Esquerdinha; 2 gols: Edu Bala e Zé Maria; 1 gol: Aldeir, Beto Fuscão, Binga e Toinzinho

Obs: O Uberaba, como campeão, conseguiu vaga no Campeonato Brasileiro de 1987 (Série C).

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

1986: Excursão cansativa, mas vitoriosa, ao Norte do país.

Em 1986, o Uberaba montou um time com várias estrelas em final de carreira e não fez um bom Campeonato Mineiro. No segundo semeste, para aproveitar o prestígio de seus craques, aceitou realizar uma excursão pelas Regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país, quando enfrentou e venceu seleções amadoras em três estados - Goiás (hoje Tocantins), Maranhão e Pará. Beto Fuscão, Edu Bala e Toinzinho viajaram milhares de quilômetros, em ônibus sacolejantes, pelas famosas estradas do norte e nordeste do país. Comandado por Daniel Nogueira, o Uberaba driblou o cansaço e conseguiu quatro vitórias em quatro jogos, marcando 10 gols e sofrendo apenas 1.
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10/08/86

Seleção de Araguaína (Goiás) 0x1 Uberaba
Local: Estádio Gauchão
Gol: Paraná
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13/08/86

Seleção de Carolina (Maranhão) 0x3 Uberaba
Gols: Túlio (30' 1ºT), Paraná (44' 1ºT) e Donizete (23' 2ºT)
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15/08/86

Seleção de Marabá (Pará) 1x3 Uberaba
Gols: Zé Maria (10' 1ºT), Paraná (39' 2ºT) e Toinzinho (42 2ºT)
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17/08/86

Doce Norte (Time da Companhia Vale do Rio Doce) 0x3 Uberaba
Local: Serra dos Carajás
Gols: Donizete (15 1ºT), Paraná (29 1ºT) e Élvio (pênalti, 2ºT)
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O presidente do Uberaba, Luciano Rangel Pinheiro, satisfeito com o dinheiro ganho na excursão, declarou à imprensa que havia descoberto uma nova fronteira no futebol e planejava uma nova aventura para breve, quando esperava fazer 10 partidas. Ainda bem, para os destemidos jogadores, que o presidente não conseguiu realizar seus planos.

Uberaba derrotou o América, a Federação Mineira e o TJD para conquistar a Taça Minas Gerais 1980

A Taça Minas Gerais de 1980 foi uma das competições mais confusas de que se tem notícia em história do futebol mineiro. Tanto que só foi concluída em meados de 1981. Prevista para ser iniciada em 06 de julho, só começou na semana seguinte, com 19 participantes. Um grupo contou com sete equipes e os outros dois com seis, assim divididos:

Grupo A: Alfenense (Alfenas), América, Atlético (Três Corações), Caldense (Poços de Caldas), Esportiva (Guaxupé), Flamengo (Varginha) e Guarani (Divinópolis).

Grupo B: Araguari, Araxá, Ateneu (Montes Claros), Nacional (Uberaba), Uberaba e Uberlândia.

Grupo C: Democrata (Governador Valadares), Nacional (Muriaé), Sport (Juiz de Fora), Tupi (Juiz de Fora), Valeriodoce (Itabira) e Villa Nova (Nova Lima).


O regulamento previa que os três campeões dos grupos, mais o melhor segundo colocado, fariam as semi-finais. Como o grupo A tinha uma equipe a mais, seus participantes fizeram dois jogos a mais que os concorrentes dos demais grupos. Assim, a Federação decidiu que o Uberlândia (Grupo B), apesar dos mesmos 16 pontos que a Esportiva Guaxupé (Grupo A), tinha menos pontos perdidos e deveria enfrentar a equipe de melhor campanha nas semi-finais. E essa equipe era o Uberaba, que apesar de fazer 1 ponto a menos que o América, perdeu apenas três pontos, enquanto o rival havia perdido seis.

Nas semi-finais o Uberaba despachou o Uberlândia e o América eliminou o Valério. Quando todos já esperavam o primeiro jogo da decisão no Mineirão, eis que a Federação Mineira, inexplicavelmente, interpretou o regulamento a favor do América e marcou o pimeiro jogo para o Uberabão.

Revoltados, os dirigentes do Uberaba, liderados pelo presidente Pedro Walter Barbosa, se negaram a cumprir as determinações da Federação e o Uberaba não entrou em campo nos dois jogos marcados para a decisão. Afinal, todos entendiam que a melhor campanha era a do Uberaba, não sendo justo conceder a vantagem ao América. Mas o Coelho, vencedor das duas duas partidas por WO, foi declarado o campeão.

Em 23/09, o TJD da Federação Mineira, em decisão unânime, por 8x0, confirmou o título do América e penalizou duramente o Uberaba, com suspensão por 10 dias no Campeonato Mineiro e multa superior a 700.000 cruzeiros. Mas o Uberaba foi rápido e, dois dias depois conseguiu, no STJD da CBF, o efeito suspensivo da polêmica decisão. Já em 1981, a decisão final do STJD foi a favor do Uberaba. O América teria que devolver a Taça e a Federação Mineira seria obrigada a marcar novas datas para a decisão. E ela só pode acontecer após a eliminação do Uberaba da Taça de Ouro daquele ano. Assim, em 21/04/1981, América e Uberaba entraram em campo para começar a decisão no Mineirão, como queria o Uberaba. O presidente da FMF, Alcy Alvares Nogueira, que em 1980 era um dos juízes do TJD, teve que voltar atrás.

Apesar das duas equipes terem feito um acordo para atuar com suas equipes titulares, a Federação Mineira determinou que as equipes só poderiam entrar em campo com jogadores que tivessem condição de jogo en 1980. O Uberaba, apesar do desfalque de algumas de suas principais estrelas levou vantagem, pois o América foi obrigado a jogar com alguns jogadores recém saídos dos juvenis para completar a equipe. O presidente da federação, Alcy Alvares Nogueira, foi um dos juízes do TJD que, no final de 1980, decidiram não só pelo fantasioso título do América, como também por uma incrível punição ao Uberaba.

Mas os jogos finais não foram tão fáceis como previa a torcida colorada. Motivados pela chance na equipe, e não querendo entregar a Taça que já tinha freqüentado a sala de troféus americana, os jovens jogadores do Coelho equilibraram o confronto até o último minuto dos três confrontos, quando um gol do lateral Aldeir fez finalmente explodir a torcida do Uberaba.

O primeiro jogo da decisão:

21/04/81 América 2x2 Uberaba

Marcado para o Mineirão, o jogo começou com dois gols relâmpago do Uberaba. O América diminuiu ainda no primeiro tempo e conseguiu o empate no final da partida, as 47 minutos do segundo tempo, com gol de Vágner.

O segundo jogo da decisão:

25/04/81 Uberaba 1x1 América
Após fazer 1x0, aos 21 minutos do segundo tempo, em um penalti inexistente segundo a crônica esportiva de Uberaba, o Colorado novamente se acomodou e, novamente, permitiu o empate do América, de novo com gol de Vágner, aso 42 minutos do segundo tempo. Um justo prêmio ao time do América, que jogava melhor e com mais garra, não merecendo a derrota.
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A grande final:
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28/04/81 Uberaba 2x1 América
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O grito de campeão, entalado na garganta da torcida, só pode ser solto no final de mais uma batalha. Mais uma vez o Uberaba saiu na frente, com Serginho; Mais uma vez o América empatou, com Ludo. Mas quando tudo levava a crer que o jogo teria prorrogação e penaltis, o juíz, deixanado correr o cronômetro marcou falta para o Uberaba na altura da intermediária do América, lado direito do campo. O lateral Celso Roberto levantou a bola na área americana e começou um bate-rebate até que a bola sobrou para Aldeir, que fuzilou o goleiro do América. 2x1 e uma merecida festa. O público, menor do que se esperava para um momento tão especial na vida do clube, viu os jogadores carregarem nos braços o treinador Domingos Baroni, que fazia sua última partida pelo clube. Nos vestiários do Uberabão, o jovem jogador João Batista, do América, destruiu uma vidraça e exprimiu toda a decepção da brava equipe americana.


A Taça Minas Gerais

A campanha do Uberaba:
Fase Classificatória:
13/07/80 Uberaba 1x0 Nacional (Gol: Enéas)
20/07/80 Ateneu 0x1 Uberaba (Gol: Serginho)
23/07/80 Araxá 0x1 Uberaba (Gol: Róbson)
27/07/80 Uberaba 2x0 Uberlândia (Gols: Ilton e Aldeir)
31/07/80 Uberaba 2x0 Araguari (Gols: Enéas e Cabeça)
03/08/80 Nacional 0x0 Uberaba
07/08/80 Uberaba 3x0 Ateneu (Gols: Serginho (2) e Enéas)
09/08/80 Uberaba 3x0 Araxá (Gols: Lindário (2) e Gilvan)
18/08/80 Uberlândia 2x0 Uberaba
31/08/80 Araguari 0x2 Uberaba (Gols: Ilton e Serginho)

Semi-finais:
03/09/80 Uberlândia 1x1 Uberaba (Gol: Aldeir)
07/09/80 Uberaba 1x0 Uberlândia (Gol: Cabeça)

Finais:
21/04/80 América 2x2 Uberaba (Gols: Cabeça e Serginho)
25/04/80 Uberaba 1x1 América (Gol: Lindário)
28/04/80 Uberaba 2x1 América (Gols: Serginho e Aldeir)

Resumo:
15 jogos, 10 vitórias, 04 empates e 01 derrota. 22 gols marcados e 07 gols sofridos.

Artilheiros:
6 gols: Serginho
3 gols: Lindário, Cabeça, Enéas e Aldeir
2 gols: Ilton
1 gol: Gilvan e Róbson

Lista Negra (Os juízes do TJD mineiro):
- Lúcio Urbano
- Benito Mazari
- Aristóteles Ateniense
- Adolfo Santana
- Airton Baier
- José Copertino
- José Carlos Fonseca
- Alcy Alvares Nogueira



Primeira página do Jornal da Manhã de 29/04/81

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Em 1977, Uberaba goleou o Santos no Campeonato Brasileiro.

No campeonato brasileiro de 1977 ocorreu uma das mais vibrantes vitórias do Uberaba Sport em todos os tempos. Na décima e última rodada da primeira fase, o Uberaba precisava golear o Santos e torcer por um tropeço do Clube do Remo para se classificar para a segunda fase da competição, sem precisar disputar a repescagem. A campanha até então era apenas regular, mas já contava com vitórias sobre o América Mineiro e o Payssandu e empates contra Cruzeiro e Atlético. Nada que enchesse a torcida de otimismo para o jogo contra o time da baixada santista.

Mas em campo, surpreendentemente, o Uberaba, comandado por Lori Sandri, fez seu papel. Com dois gols de Naim e dois de Paulo Luciano, o USC destruiu o Santos de Nilton Batata, Ailton Lira e Juari, que aliás fez o gol santista. No final, Uberaba 4x1 Santos. Pena que o Remo também ganhou e se classificou, mas a goleada deixou orgulhosa a cidade de Uberaba.
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Em tempo: Em pleno campeonato, o Santos começava a se reformular para, no ano seguinte, ser o campeão paulista com os “Meninos da Vila”, que marcaram época no futebol brasileiro sob o comando de Chico “Formiga”.
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Ficha Técnica:
Uberaba 4x1 Santos
Data: 27/11/1977
Local: Estádio Engenheiro João Guido (Uberabão)
Motivo: Campeonato Brasileiro de 1977
Árbitro: Garibaldo Matos
Renda: CR$528.050,00
Público: 18.903
Uberaba: Wélton; Augusto, Edvaldo, Marquinhos e Flávio; Fabinho, Sergio Zaia e Vaquinha; Paulo Luciano (Osmar), Naim (J. Silva) e Helinho. Técnico: Lori Paulo Sandri
Santos: Ricardo; Nélson Baptista, Marçal, Fernando “Nariz” e Gilberto Sorriso; Carlos Roberto, Ailton Lira e Pita (Juari); Nilton Batata, Toinzinho e João Paulo. Técnico: Ramos Delgado.
Gols: Naim (15' e 30' do 1T), Paulo Luciano (9' e 16' do 2T), Juari (5' do 2T).
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A campanha do Uberaba no Brasileirão 77:
13 jogos, 5 vitórias, 4 empates, 4 derrotas, 15 gols marcados, 11 gols sofridos.
Colocação final: 38º lugar

domingo, 23 de setembro de 2007

1974: Uberaba conquista o Torneio Santos Dumont.

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Em 1974, visando fazer um intercâmbio entre as diversas equipes do interior do estado e mantê-los em atividade, a Federação Mineira de Futebol organizou e promoveu o TORNEIO SANTOS DUMONT. O título ficou com o Uberaba, que na temporada anterior havia conquistado o simbólico título da campeão mineiro do interior, e tinha jogadores como Toinzinho, Modesto e o grande goleiro Saraiva. O Vigilante, time amador, endureceu na primeira partida da final, disputada em Monlevade, empatando o jogo por 0x0. Mas na segunda partida, disputada no Uberabão, o Colorado bateu o Vigilante por 4x0 e conquistou o caneco.

As equipes que disputaram o torneio foram:

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Grupo A:
Vasco (Passos)
Nacional (Uberaba)
Uberaba
Sodima (Uberaba)
Caldense (Poços de Caldas)
União Tijucana (Ituiutaba)

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Grupo B:
Ateneu (Montes Claros)
Cassimiro de Abreu (Montes Claros)
Acesita (Timóteo)
ESAB (Sabará)
Democrata (Governador Valadares)
Vigilante (João Monlevade)

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Ficha Técnica:Uberaba 4x0 Vigilante
Data: 24 de março de 1974

Local: Estádio Uberabão, em Uberaba - MG
Juiz: Angelo Antônio Ferrari
Renda: Cr$ 28.276,00
Gols: Jorge Luis aos 18 min, Fabinho aos 49 min, Élter aos 57 min e 65 min
Uberaba: Saraiva; Pablo, Modesto, Veran e Grimaldi; Fabinho e Zé Francisco; Jorge Luis, Toinzinho (Barizon), Naim e Élter.
Vigilante: Delí; João Batista, Marquinhos, Osmar e Vavá; Corgozinho e Lero; Paulinho, Pérsio (Cabinho), Zé Ilário e Guta.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Imagens históricas da década de 50.

Na década 50 o Uberaba ganhou seguidas vezes o Campeonato Regional do Triângulo e começou a disputar o campeonato mineiro. As fotos a seguir, cedidas pelo Arquivo Público Municipal de Uberaba retratam aquela época romântica e gloriosa do Colorado.


O goleiro Tino, em partida amistosa realizada em 14/06/1953 - Uberaba 0x0 XV de Novembro de Piracicaba
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Uberaba (1954) – De pé: Veríssimo, Loli, Tiago, Lariza, Caseca, Leonardo e Fuminho; Agachados: Oliveira, Paulinho, José Luiz, Barrios e Tati.
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Foto tirada em 1954, quando Arthur de Teixeira era presidente do USC, antes de ser eleito prefeito da cidade por 2 vezes.

sábado, 1 de setembro de 2007

1955: Uberaba 1x0 Juventus-SP

Em 24/05/1955, o Uberaba recebeu, em amistoso, o Juventus de São Paulo, tradicional clube dos imigrantes italianos da Mooca, cujo nome homenageia o clube mais importante de Turim, a Juventus, e o uniforme é uma homenagem a seu maior rival, o Torino. Em campo, o colorado venceu por 1x0 e a foto abaixo, do acervo do Arquivo Público Municipal de Uberaba, mostra a escalação do USC.
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USC - Em pé da esq.; Veríssimo, Caseca, Tiago, Loli, Tan e Lariza; Agachados: Fausto, José Luiz, Tati, Mota e Paulinho.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

1953: Inauguração do conjunto de refletores de Boulanger Pucci teve jogão com o Palmeiras

Em jogo que marcou a inauguração do sistema de refletores do estádio Boulanger Pucci, o Colorado enfrentou o Palmeiras. Antes do jogo, o sistema de iluminação foi benzido pelo então bispo de Uberaba, Dom Alexandre Gonçalves Amaral, acompanhado pelo eletricista Ângelo Bevilacqua. A partida aconteceu em 24/11/1953 e terminou com a vitória da equipe paulista por 3x2. O juiz da partida foi o folclórico Nenê Mamá, que não marcou um gol supostamente legítimo anotado por Táti, alegando não ter visto o lance. As imagens abaixo, cedidas pelo Arquivo Público Municipal de Uberaba, mostram as duas equipes naquela noite de festa.
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S. E. Palmeiras – Em pé da esq.: Arnaldo Tyrone, Manuelito, Juvenal, Oberdan, Dema, Salvador, Valdemar Fiume, Cambom ( Técnico) e Tamanqueiro (roupeiro). Agachados da esq.: Moacir, Humberto, Matos, Jair, Rodrigues e Wilson (massagista)
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USC - Em pé da esq.: Arthur de Melo Teixeira (Pres.), Celinho, Adão, Jahu, Tino, Tan, Tiago, Caetano Valicente (Técnico) Agachados da esq.: Fuminho (massagista), Fausto, Barros, Dimas, Paulino e Tati. Fonte: Arquivo Público Municipal de Uberaba.

domingo, 29 de julho de 2007

2007. Uberaba é vice-campeão do Módulo II e consegue o acesso.

O Uberaba conquistou o vice-campeonato do Módulo II do campeonato mineiro após uma vitória de 2x0 contra o Formiga, no Uberabão. Em uma campanha marcada por altos e baixos o Uberaba só garantiu o acesso na última rodada. Após terminar a primeira fase em primeiro lugar o Uberaba começou mal o Hexagonal final e só se recuperou no final da competição. Nos últimos dois jogos o time foi dirigido pelo ex-jogador Paulo Luciano, depois da demissão do treinador Luís Eduardo. O público do jogo final chegou a quase 10 mil pagantes. Agora, o Uberaba voltará a disputar o Módulo I do campeonato mineiro em 2008, depois de três anos no Módulo II. Dessa vez a síndrome do último jogo não aconteceu. Em 2004, o Uberaba só dependia de uma vitória em casa contra o Valério para se manter na primeirona e não saiu do empate - 0x0. Em 2005 o time desperdiçou uma enorme vantagem e perdeu a vaga no último jogo. Já em 2006, bastava uma vitória contra o Valério, novamente, para o time subir e, mais uma vez, o resultado foi 0x0. Com a vitória contra o Formiga o Uberaba chegou aos mesmos 16 pontos que o adversário do último jogo mas conseguiu um saldo de gols melhor (5 a 2). No final, o Uberaba só não foi o campeão porque o Social marcou no finalzinho da partida e venceu a URT por 1x0. O empate daria o título ao Colorado e o vice-campeonato ao Formiga.
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Ficha Técnica:

Uberaba 2x0 Formiga
Local: Estádio Engenheiro João Guido (Uberabão)
Data: 29/07/2007
Arbitragem - Sérgio Luiz Avelino
Auxiliares: Guilherme Dias Camilo e Helbert Costa Andrade
Público pagante: 9.504 Renda: R$44.188,00

Uberaba: Paulo César, Filhão, Derlan, Alex, Dênis, Paulo Roberto, Fabrício Lima (Sabará), Mateus, (Júlio César), Michel, Fabiano e Fernando (Washington); Técnico: Paulo Luciano

Formiga: Cristiano, Ernani, Tornado, Félix, Michel; Léo Caixeta, Everton, Gustavo (Vinícius), Guiba; Éliton (Davi) e Luis Fernando; Técnico: Frederico Incalado
Gols: Derlan (45’, 1T), Michel (25’, 2T)

Cartões amarelos: Derlan, Alex, Michel, Fernando (Uberaba); Gustavo, Luis (Formiga)



O campeonato

A Primeira fase do Campeonato Mineiro Módulo II de 2007 começou no dia 11 de fevereiro com oito participantes. O Atlético de Três Corações desistiu após a quinta rodada da primeira fase, sendo anulados todos os resultados por ele registrados. O Extrema não se classificou. As outras seis seguiram adiante. No Hexagonal participaram: URT de Patos de Minas, Uberaba, Uberlândia, Formiga, Social de Coronel Fabriciano e Valério de Itabira.


segunda-feira, 25 de junho de 2007

Uberaba 4x1 URT, depoimento de um estranho no ninho.

Domingo, 24/06, teve jogo no Uberabão. Valendo pela quinta rodada do hexagonal final do Módulo II, o Uberaba goleou a URT, de Patos de Minas por 4x1. Na última vez em que estive no Uberabão, no longínquo ano de 2003, o Uberaba venceu uma medíocre Ituiutabana. Tenho que registrar o seguinte: no jogo de ontem conheci uma torcida que o Colorado nunca teve (e eu, por morar fora há tantos anos, não tinha a oportunidade de presenciar) . Apoiando a equipe durante todo o jogo a torcida organizada Exército Vermelho deu um show e me deixou com a certeza de que a cidade está pronta para ter novamente um time de ponta, disputando os títulos. Quanto ao jogo, depois de um primeiro tempo sofrível, que terminou em 1x0 para os visitantes, o Uberaba voltou com tudo e acabou goleando. Me impressionou o futebol do lateral esquerdo Fabiano. Um baita jogador. Quanto ao treinador, não sei porque ele começou o jogo tão retrancado. Nesse campeonato o Uberaba tem que partir pra cima. A goleada de ontem, construída depois que ele tirou um zagueiro para colocar mais um atacante provou isso. Abaixo a foto do destaque do Colorado, Fabiano.
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Ficha técnica:
Uberaba 4x1 URT
Uberabão - 24/06/2007 10h
Arbitro: Juliano Lopes Lobato
Bandeiras: Helbert Costa Andrade e Jair albano
Gols: Fabiano aos 10'2T, Michel aos 20'2T, Fabrício Lima aos 25'2T, Mateus aos 43'2T (Uberaba); Yan aos 30'1T (URT).
Público: 2.566
Renda: R$16.975,00

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Entra no ar o novo site do Colorado.

Finalmente entrou no ar hoje, 06 de junho, o novo site do Uberaba Sport Club. Um belo trabalho, que acontece em um momento propício, onde o Colorado, com uma equipe forte, luta para voltar aos seus dias de glória. O endereço é www.uberabasportclub.com . Para felicidade do blogueiro, apesar de não darem os créditos, alguns dos tópicos aqui postados compõem o histórico dos 90 anos do glorioso.


sábado, 2 de junho de 2007

Danilo Alvim, o Príncipe, encerrou a carreira de jogador e iniciou a de treinador no Uberaba.

Danilo Alvim nasceu em 03.12.1920 no Rio de Janeiro e foi um exemplo de perseverança, determinação e amor ao futebol. Em 1940, com apenas 19 anos, quebrou a perna em 39 lugares após ter sido atropelado por um automóvel. Contrariando todas as expectativas, voltou a jogar em 1942, e um ano depois foi contratado pelo Vasco junto ao América, por 90 contos de luvas e 2 contos de sálario. Nessa época foi apelidado de Príncipe por sua classe e habilidade, além de ser alto, esguio e elegante. Pelo Vasco, foi várias vezes campeão carioca, em 1945, 1947, 1949, 1950 e 1952, além de conquistar o título sul-americano de 1948 no Chile. Pela Seleção Brasileira jogou a Copa de 50. Na final, com a inesperada derrota para o Uruguai, Danilo saiu chorando do Maracanã, amparado pelo locutor Jaime Moreira, momento registrado em uma famosa foto que representa a dor que o Brasil sentia naquela hora.


Em 1953, transferiu-se para o Botafogo e em 56, de passe livre, assinou com o Uberaba, acumulando as funções de jogador e técnico. Reza a lenda que, no ano seguinte, quando Danilo Alvim queria ser só treinador, o Santos veio jogar um amistoso em Uberaba. O então bicampeão paulista tinha nada mais, nada menos, que Jair Rosa Pinto na meia-esquerda. Mas em campo, o Colorado findou a primeira etapa empatada. Então, durante o intervalo, no vestiário, antes das instruções, Alvim calçou as chuteiras e disse: "Vou fazer esse segundo tempo". Foi, fez e ajudou o Colorado a vencer. No final, parabenizado por Jair, teria dito diria ao ex-companheiro de seleções e do Vasco que aquela fora a sua última partida como jogador profissional. Em 57, convenceu Zizinho, o Mestre Ziza, outro dos grandes jogadores da história do futebol brasileiro, a jogar no Colorado.
Como treinador levou a Bolívia ao título sul americano de 1963. Segundo o ex-zagueiro Pavão, que foi treinado por Danilo no Uberaba, no final dos anos 50, o “Príncipe” contou que havia perdido praticamente tudo o que havia ganho como grande jogador que foi e que só restava uma casa no Rio de Janeiro em seu nome. Pediu para que não jogassem dinheiro pela janela e evitassem desperdícios. Infelizmente, as suas lições não o livraram de um destino triste, pois findou os dias em um asilo de velhos no Rio de Janeiro, onde morreu de pneumonia em 16 de maio de 1996.

sábado, 26 de maio de 2007

2004: Rebaixamento pode ter sido causado por falta de pré-temporada.

Após ganhar a segunda divisão em 2003 era grande a expectativa de que o Uberaba voltasse a brilhar no cenário estadual e nacional. Com uma folha de pagamento modesta, que girava em torno de 60 mil reais mensais, o clube apostava no toque de Midas do técnico Aderbal Lana e no acerto das contratações para brilhar no campeonato mineiro de 2004. Mas o Colorado treinou junto por apenas duas semanas e não foi bem. Apesar de uma campanha regular, onde fez jogos equilibrados com todas as equipes, o Colorado terminou em 11º lugar, em um torneio que contava com quatorze participantes e rebaixava os quatro últimos. Apesar disso o Colorado teve bons momentos, como o empate por 0x0 no Mineirão com o Cruzeiro de Rivaldo e a vitória por 4x3 sobre o Mamoré, em Patos de Minas, em um jogo eletrizante. No último jogo, bastava ao Colorado uma vitória para terminar o campeonato em um honroso oitavo lugar e escapar do rebaixamento. Mas o Valério, que disputava a permanência no campeonato com o Uberaba, segurou o 0x0 e rebaixou o Colorado, que ainda tentou, na justiça, a permanência na elite do futebol mineiro, por supostas irregularidades na escalação do jogador Sérgio Bigode pelo Guarani e Luizinho, pela URT. Mas o Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Mineira de Futebol preferiu não comprometer a classificação do campeonato.
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A campanha do Colorado em 2004:
13 jogos, 3 vitórias, 4 empates, 6 derrotas, 18 gols marcados e 22 gols sofridos.
Colocação: 11º lugar

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Flamengo 4x2 Uberaba: uma outra história.

Eu tinha 11 anos de idade e não perdia um jogo sequer do Colorado. Meu pai, diferente de mim, nunca se interessou por futebol. Mas o convite para aquela excursão parecia irrecusável. Conhecer os pontos turísticos do Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa, por apenas alguns cruzeiros, era bom demais para ser verdade. É claro, tinha o jogo. Uberaba e...quem mesmo??? Para o “seu” Ruy Trida, tradicional motorista de táxi da Praça Rui Barbosa, Zico, Tita e Junior eram no máximo alguns apelidos, iguais a tantos que os meninos colocam uns nos outros nas peladas Brasil afora.

O ônibus, contratado pelo Sr. Olímpio, já falecido, saiu da Praça Rui Barbosa, por volta das 21 horas do dia anterior ao jogo. Chegaram à cidade maravilhosa no meio da manhã e não perderam tempo. A visita à praia de Copacabana foi muito legal (muitas mulheres seminuas, e que a Dona Vera, por Deus, não soubesse disso). Depois uma visita ao Pão de Açúcar, outra ao Cristo Redentor e, por fim o Maracanã.

Misturados à torcida rubro-negra, os corajosos torcedores do Uberaba não puderam comemorar a bela exibição e os dois gols do Colorado no primeiro tempo, marcados por Paulo Luciano e Serginho. Para o meu pai, até aí, nada de mais. Ele nem sabia quem era quem. Mas aquele segundo tempo foi horrível. Não porque o Uberaba tivesse levado quatro gols. O duro foi abraçar toda aquela multidão em vermelho e preto a cada gol marcado. Quanto suor, lágrimas, risos e amizade sincera. O ônibus tomou o rumo do triângulo mineiro logo após o final do jogo e meu pai, ainda fascinado com as maravilhas do Rio de Janeiro, só tinha uma certeza: Nunca mais pisaria em um estádio de futebol!
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Paulo Luciano, autor do primeiro gol do Colorado

Ficha Técnica:
Flamengo 4 x 2 Uberaba (MG)

Campeonato Brasileiro de 1981 – Taça de Ouro Data: 01/04/1981
Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Flamengo: Raul, Carlos Alberto, Luís Pereira, Marinho e Júnior; Vitor, Adílio e Zico (Fumanchu); Tita (Ronaldo), Nunes e Carlos Henrique.
Uberaba: Diron, Celso, Rafael, Tim e Aldeir; Vandinho, Joãozinho e Paulo Luciano; Ilton Serginho e Ney.
Gols: Paulo Luciano (20’), Serginho (37’), Tita (2), Marinho e Nunes.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Uberabão: um sonho de Edgard Rodrigues da Cunha.

Pouca gente sabe, mas o Uberabão seria, originalmente, o estádio do Uberaba Sport Club. Presidente do clube entre 1959 e 1963, o advogado Edgard Rodrigues da Cunha logo percebeu que Boulanger Pucci não era apropriado para os grandes espetáculos. Ao adquirir a área, a antiga "Chácara do Pereira", Edgar encomendou o projeto do estádio para o arquiteto do Mineirão e da Refinaria Gabriel Passos, Eduardo Mendes Guimarães.
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Edgard Rodrigues da Cunha
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Após fazer a terraplanagem, canalizar o córrego, nivelar o campo, construir o fosso e as fundações, e sem o interesse do Uberaba em continuar as obras, Edgard paralisou a construção até que, em um encontro casual na Rua Artur Machado, o então prefeito, João Guido, sugeriu que o estádio fosse doado à Prefeitura. Edgar aceitou rapidamente, até porque não queria um estádio só para ele. A doação foi concretizada em dezembro de 1967. Coube ao prefeito seguinte, Arnaldo Rosa Prata, concluir as obras, ainda que com algumas alterações no projeto. Edgard faleceu em 2006, aos 95 anos. Fundou a Faculdade de Direito (hoje incorporada à Uniube) e o Instituto dos Cegos do Brasil Central, presidiu a OAB local, além de construir uma sólida carreira empresarial.
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domingo, 13 de maio de 2007

Hino foi criado para ser marcha da cidade.

O texto abaixo foi publicado no Jornal da Manhã, de Uberaba-MG, em 15/07/1999.

O hino do Uberaba Sport Club, famoso pela composição e melodia, foi criado, originalmente, para ser a marcha da cidade de Uberaba. Em pesquisa realizada pelo Professor Carlos Pedroso, este apresenta um histórico sobre os autores o hino do USC. Composto por Lourival Balduíno do Carmo, o hino tem melodia de Rogoleto de Martino. Conforme o pesquisador o autor da letra era barbeiro de luxo e trabalhava no início da Rua Artur Machado. Músico e poeta, ele tinha por costume se vestir muito bem, daí surgiu o apelido de Barão. Era poeta e músico autodidata. Após cinco anos de casamento, este nobre cidadão acabou enveredando para o alcoolismo. Perdeu tudo que tinha. Na pesquisa, Pedroso conta um diálogo entre De Martino e Barão. Lourival Balduíno certa vez afirmou ao maestro: “Eu ainda vou pôr letra de futebol nessa sua marcha de Uberaba”. De Martino respondeu: “Eu não acredito. Conheço a sua capacidade de fazer versos livres, quase como trovas. Mas letra de marcha hinária você nunca terá capacidade de compor”. Certa manhã, o Barão levou a De Martino a letra e profetizou: “Sua marcha de Uberaba, daqui por diante, vai ser mais conhecida como o hino do USC”.

sábado, 12 de maio de 2007

Em campeonatos brasileiros, o Coelho é freguês antigo.

Em campeonatos brasileiros, Uberaba e América Mineiro enfrentaram-se seis vezes, com cinco vitórias coloradas. Uma delas, em 1982, foi conseguida no tapetão, assim como o título da Taça Minas de Gerais de 1980 quando, após uma confusão de datas, a FMF havia declarado o América campeão, por WO. Mas o célebre advogado Wadi Lacerda, conseguiu nos tribunais que a partida final fosse realizada (Uberaba 1x0, gol de Aldeir). A vitória de 82 permitiu que o Uberaba continuasse no campeonato, chegando à semi-final. Tantas confusões transformaram esse duelo em uma grande rivalidade nos anos 80, com grande vantagem para o Colorado. Abaixo, as vitórias do Uberaba em campeonatos brasileiros:
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16/11/1977 Uberaba 1x0 América-MG (Marcelo, contra) - Copa Brasil
10/12/1977 América-MG 1x0 Uberaba (Jorge Nobre) - Copa Brasil
26/03/1978 Uberaba 2x0 América-MG (Tião Marçal, Osmar) - Copa Brasil
20/04/1980 Uberaba 3x0 América-MG - Taça de Prata

28/01/1981 Uberaba 4x0 América-MG - Taça de Prata
23/01/1982 América-MG 0x1 Uberaba (Apesar do América ter ganho a partida por 1x0, o resultado foi invertido, pois a equipe usou um jogador irregular) - Taça de Prata
20/02/1983 América-MG 0x2 Uberaba - Taça de Prata

Uberaba já ganhou 17 vezes do Atlético Mineiro

No passado, ganhar alguns jogos dos grandes clubes era normal para o Colorado. Contra o Atlético Mineiro, a história aponta 97 confrontos, com 52 vitórias do Atlético, 28 empates e 17 vitórias do Uberaba, ocorridas entre os anos de 1934 a 1982. Foram 159 gols a favor do Galo e 86 a favor do Colorado. Portanto, lá se vão 25 anos sem ganhar do Galo. Abaixo a relação completa das vitórias coloradas, com destaque para o ano de 1959, quando ganhamos três partidas.
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23/12/1934 Uberaba 4x1 Atlético (Amistoso)
18/10/1945 Uberaba 4x2 Atlético
06/05/1948 Uberaba 3x2 Atlético
01/02/1959 Uberaba 2x1 Atlético (Campeonato Mineiro)
04/02/1959 Uberaba 3x1 Atlético (Amistoso)
27/09/1959 Uberaba 2x0 Atlético (Campeonato Mineiro)
01/12/1960 Atlético 1x2 Uberaba (Campeonato Mineiro)
17/12/1961 Uberaba 3x0 Atlético (Campeonato Mineiro)
25/11/1962 Uberaba 2x0 Atlético (Campeonato Mineiro)
05/12/1962 Atlético 1x2 Uberaba (Amistoso)
08/03/1964 Uberaba 3x0 Atlético (Amistoso)
27/08/1964 Atlético 0x1 Uberaba (Campeonato Mineiro)
18/11/1967 Atlético 0x2 Uberaba (Campeonato Mineiro)
09/06/1971 Atlético 0x1 Uberaba (Campeonato Mineiro)
27/04/1975 Uberaba 2x0 Atlético (Campeonato Mineiro)
08/07/1979 Uberaba 2x0 Atlético (Campeonato Mineiro)
14/11/1982 Uberaba 3x1 Atlético (Campeonato Mineiro)

Fonte: RSSSF

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Alô Você, Fernando Vanucci iniciou sua carreira em Uberaba, na Rádio Sociedade.

Fernando Vanucci nasceu no dia 5 de março de 1951, em Uberaba. Seu primeiro emprego foi na Rádio Sociedade, com apenas quinze anos de idade. Em seguida, foi para a Rádio Sete Colinas, onde apresentava o programa Pintando o Sete, começando a fazer carreira como repórter esportivo.

Nos anos 70, após uma passagem pela Rádio Inconfidência, de Belo Horizonte, entrou para a Globo, onde cobriu Copas do Mundo, Jogos Olímpicos e até narrou desfile de escolas de samba do Rio. Deixou a emissora
carioca em 1999, após a exibição de uma cena involuntária mostrando Vanucci comendo um biscoito durante a transmissão do programa. Foi para a Band e depois para a Record. Está na Rede TV! desde 2003.

Em 1969, Ricardo Prieto fotografava, no Boulanger Pucci, Fernando Vanucci, da Rádio Sete Colinas, entrevistando o radialista Pedro Luiz, conhecido como "o maior narrador do Brasil", antes do jogo Uberaba Sport e Fluminense, de Araguari. No centro, de óculos escuros, o jornalista Luiz Gonzaga de Oliveira e, semi-encoberto por Vanucci, o presidente do Uberaba Sport, René Barsan (Foto do Arquivo V&V).

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Em 1982, gol de Walter Lobão valeu vaga na Taça de Prata e o título de campeão do interior

Os saudosistas hão de se lembrar: Campeonato Mineiro de 1982. Na última rodada, o Uberaba precisava vencer o América, do cabeludo Paulinho Kiss, para garantir o terceiro lugar e classificar-se para o Campeonato Brasileiro. Após abrir 2x0 o Uberaba se acomodou, permitindo o empate do América. Esse resultado era uma tragédia para o Colorado, que caía para o quinto lugar, sem vaga no Brasileirão, que seria do Uberlândia.
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Mas no final do jogo, aos 43 do segundo tempo, Walter Lobão, o folclórico e querido zagueiro, sobe ao ataque e, na entrada da grande área, pega um rebote da defesa do América e chuta. A bola bate em um defensor americano e sobe caprichosamente, encobrindo o goleiro. Loucura total no Uberabão. Uberaba, de novo, campeão mineiro do interior!!! Uberaba 3x2 América.
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Abaixo, uma humilde colaboração desse blogueiro, a representação gráfica do terceiro gol do Colorado, marcado pelo zagueiro Walter Lobão. A cena está em minha memória, logo não é totalmente correta. Mas o gol está em minha mente até hoje. Sensacional, acho que foi o único gol da carreira do Lobão.
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Ficha Técnica:
USC 3 x 2 América (MG)
Gols: Simões aos 31 minutos do primeiro tempo, Binga aos 6 minutos, Gaúcho aos 15, Cláudio Barbosa aos 30 e Lobão aos 41 minutos do segundo tempo.


USC: Diron, Celso Sá, Walter Lobão, Alexandre Pimenta (Gilvan) e Aldeir; Joãozinho Maradona, Donizete Cabeça (Zé Roberto) e Toinzinho; Wilton, Binga e Simões.


América (MG): Wellington; Cacau, Luíz Carlos, Dias e Vaner; Cláudio Barbosa, Gaúcho e Lúcio; Adílson, Paulinho Kiss e Luiz Alberto.


Árbitro: Ângelo A. Ferrari

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Time de 1987 chegou à semifinal do 1º turno do campeonato mineiro, mas entregou os pontos no segundo turno

Em 1987, o Uberaba montou um bom time para a disputa do campeonato mineiro. A participação do Colorado no 1º turno foi excelente. Após terminar a fase de classificação em terceiro lugar, o Colorado atingiu a semifinal, quando enfrentou o Atlético Mineiro no Mineirão. O jogo, ocorrido em 07 de maio, terminou empatado em 1x1, no tempo normal e 0x0 na prorrogação. Não deu para o Colorado, já que a vantagem era do Galo. No segundo turno, no entanto, o time perdeu o passo e terminou em décimo-quinto lugar. Dá pra entender?

Em pé: Beto Fuscão, Zé Maria, Edson, Marcinho, Tim e Odair.

Agachados: Jussiê, Givaldo, Paulinho Kiss, Celso Sá e Cabrinha.

Éder protagonizou momentos pastelão no Uberabão

Quem se lembra do “chapéu” que o zagueirão Gilvan aplicou em ÉderAleixo, ponta-esquerda do Atlético e da seleção brasileira, dentro da nossa grande área, em jogo realizado nos anos 80? O Uberabão delirou. Em outro jogo, o mesmo Éder, ao dar um “chutão” na altura do meio de campo, aplicou um efeito contrário à bola, que voltou direto para a grande área do Atlético, onde estava o ponteiro esquerdo Nei, que concluiu para o gol e empatou um jogo complicado.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Em 1981, vitória sobre o Coritiba abriu as portas da Taça de Ouro

Na Taça de Prata de 1981, depois de uma ótima primeira fase, onde terminou em primeiro lugar um grupo que contava com o América do Rio e o América Mineiro, o Colorado iniciou a fase semifinal com dois titubeantes empates, contra o Coritiba, em casa e o Comercial, fora. Assim, quando foi a Curitiba encarar o Coxa no jogo de volta, a torcida temia que o time não conseguisse ir mais longe no campeonato, pois os adversários lideravam a chave e com uma vitória praticamente garantiriam o acesso direto à Taça de Ouro. Mas o Colorado foi gigante. Em um jogo impecável, nosso time sufocou o tradicional time paranaense e venceu com um gol do centroavante Netinho. Depois, mais um empate contra o Comercial, no Uberabão, garantiu a ida do Colorado à Taça de Ouro, para enfrentar Flamengo e Atlético Mineiro. O Coritiba? Acabou eliminado até mesmo da Taça de Prata.
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O centroavante Netinho

Em 1973, terminamos o campeonato mineiro em terceiro lugar, à frente do Galo.

O campeonato mineiro de 1973 foi dividido em 3 fases. Na fase classificatória, foram 12 equipes jogando em turno e returno nos seus grupos. O Cruzeiro foi o campeão do Grupo A e o Atlético do Grupo B. Para a fase semifinal classificaram-se 8 times. Nesta fase os times de um grupo jogavam contra os do outro, somando mais 8 jogos. Para o quadrangular final classificaram-se, além dos 3 da capital, o nosso glorioso Uberaba (que tinha Saraiva, Naim, Toinzinho, Modesto e Dílson). E a classificação final foi 1° - Cruzeiro com 8, 2° - América com 7, 3° - Uberaba com 5 e 4° - Atlético, com 4 pontos. Talvez tenha sido o campeonato mineiro onde o Colorado tenha chegado mais perto de conquistar o título.

Em 1976, a primeira vitória em campeonatos brasileiros

Em 1976, em sua primeira participação em campeonatos brasileiros, o Uberaba venceu seu primeiro jogo. Em jogo válido pela terceira rodada, em 12 de setembro de 1976, o Uberaba derrotou a Portuguesa de Desportos, com um gol do lateral Alfinete. O povo de Uberaba saiu às ruas para comemorar, em carreata, a boa vitória do Colorado de BP.

Em 1981, João Saldanha conheceu a força do Colorado

Taça de Ouro 81. Ainda no Aeroporto de Uberaba, o saudoso João Saldanha, na época jornalista da Rádio Tupi, chama nosso time de “Galinha Morta”. Rapidamente muda de idéia. Surpreendido pelo fantástico time que tínhamos naquela época, Saldanha viu o Uberaba marcar com o centroavante Serginho e dominar a partida. O Flamengo, para empatar, precisou contar com a ajudinha de Roberto Nunes Morgado, que não viu nem o impedimento, nem o jogo perigoso do centroavante Nunes, no lance do gol. No fim, Saldanha teve que reconhecer que o Colorado dominou o time de Zico e companhia e poderia ter vencido. Uberabão superlotado. Uberaba 1X1 Flamengo.

Em 1983, Uberaba destruiu o Santa Cruz

Em 06 de março de 1983, o que parecia impossível transformou-se em uma impressionante jornada do Colorado de Boulanger Pucci. Após ser goleado pelo Guarani de Sobral e precisando vencer por três gols de diferença para avançar na Taça de Prata, nem o mais otimista dos torcedores imaginava o que estava por acontecer naquele domingo no Uberabão. Com uma goleada histórica por 5x0, o Uberaba esnobou a Taça de Prata, destruiu o poderoso Santa Cruz de Recife e avançou direto para a Taça de Ouro. O último gol, do ponteiro esquerdo Simões, é inesquecível: Em um contra ataque, Simões dominou a bola no meio do campo e avançava rapidamente até o gol do Santa, empurrado pela torcida, completamente de pé, e pela voz de Moura Miranda, nas centenas de radinhos de pilha espalhados pelo estádio. Ao chegar de frente para o gol, Simões pareceu mais tropeçar do que chutar a bola, que bateu no goleiro e voltou, caprichosamente, de encontro aos seus pés, e dessa vez ele não errou. Debaixo de uma chuva fina, a torcida delirou. Gol. Uberaba na Taça de Ouro.