Uberaba Sport Club, 98 anos de glória

Fundado em 15/07/1917, o Uberaba Sport sempre teve uma torcida apaixonada. Esse espaço pretende resgatar a bela história de nosso querido clube. É muito bom reviver esses grandes momentos, que explicam a paixão de nossa torcida, cada dia mais orgulhosa dos grandes jogos que voltaram a colorir o Uberabão. Nossa história é recheada de conquistas. Por várias vezes fomos os melhores do interior mineiro e, nos anos de 1981 e 1983, subimos direto para a Taça de Ouro, a partir da Taça de Prata. A Taça Minas Gerais, conquistada em 1980, não consta dos arquivos da Federação Mineira e é creditada ao América em algumas publicações. Mas eu estava lá... e vi o Uberaba levantar a Taça, já em 81, com uma vitória por 2x1, aos 50 minutos do segundo tempo, gol do lateral esquerdo Aldeir, após uma longa batalha jurídica contra a Federação Mineira. Nos posts a seguir, tento colocar os pingos nos is, e tenho certeza de que os mais jovens sentirão mais forte o orgulho de ser Colorado. Abaixo, assista aos dois gols do USC marcados contra o Flamengo, em 1981. Aquele primeiro tempo foi simplesmente fantástico. Foi uma derrota, mas a forma como o Colorado jogou foi incrível. Afinal, enfrentar o campeão brasileiro, o time do Zico, no Maracanã, e abrir 2x0... Até hoje escuto o barulho dos fogos.












sábado, 2 de junho de 2007

Danilo Alvim, o Príncipe, encerrou a carreira de jogador e iniciou a de treinador no Uberaba.

Danilo Alvim nasceu em 03.12.1920 no Rio de Janeiro e foi um exemplo de perseverança, determinação e amor ao futebol. Em 1940, com apenas 19 anos, quebrou a perna em 39 lugares após ter sido atropelado por um automóvel. Contrariando todas as expectativas, voltou a jogar em 1942, e um ano depois foi contratado pelo Vasco junto ao América, por 90 contos de luvas e 2 contos de sálario. Nessa época foi apelidado de Príncipe por sua classe e habilidade, além de ser alto, esguio e elegante. Pelo Vasco, foi várias vezes campeão carioca, em 1945, 1947, 1949, 1950 e 1952, além de conquistar o título sul-americano de 1948 no Chile. Pela Seleção Brasileira jogou a Copa de 50. Na final, com a inesperada derrota para o Uruguai, Danilo saiu chorando do Maracanã, amparado pelo locutor Jaime Moreira, momento registrado em uma famosa foto que representa a dor que o Brasil sentia naquela hora.


Em 1953, transferiu-se para o Botafogo e em 56, de passe livre, assinou com o Uberaba, acumulando as funções de jogador e técnico. Reza a lenda que, no ano seguinte, quando Danilo Alvim queria ser só treinador, o Santos veio jogar um amistoso em Uberaba. O então bicampeão paulista tinha nada mais, nada menos, que Jair Rosa Pinto na meia-esquerda. Mas em campo, o Colorado findou a primeira etapa empatada. Então, durante o intervalo, no vestiário, antes das instruções, Alvim calçou as chuteiras e disse: "Vou fazer esse segundo tempo". Foi, fez e ajudou o Colorado a vencer. No final, parabenizado por Jair, teria dito diria ao ex-companheiro de seleções e do Vasco que aquela fora a sua última partida como jogador profissional. Em 57, convenceu Zizinho, o Mestre Ziza, outro dos grandes jogadores da história do futebol brasileiro, a jogar no Colorado.
Como treinador levou a Bolívia ao título sul americano de 1963. Segundo o ex-zagueiro Pavão, que foi treinado por Danilo no Uberaba, no final dos anos 50, o “Príncipe” contou que havia perdido praticamente tudo o que havia ganho como grande jogador que foi e que só restava uma casa no Rio de Janeiro em seu nome. Pediu para que não jogassem dinheiro pela janela e evitassem desperdícios. Infelizmente, as suas lições não o livraram de um destino triste, pois findou os dias em um asilo de velhos no Rio de Janeiro, onde morreu de pneumonia em 16 de maio de 1996.

3 comentários:

Unknown disse...

Meu nome é mônica Alvim sobrinha de Danilo Alvim o PRINCIPE DANILO me orgulho muito disso, sua irmã Délia é minha mãe eram 3 irmãos Danilo,Délia e Dalva.Eu herdei seu album que ele guardava com ele no lugar onde faleceu,ficou 10 anos internado não reconhecia mais ninguém com mal de alzheimer,dizem que aquela derrota de 50 mecheu muito com o emocional de todos que participaram,e relamente foi terr´ível.
Bom foi bom falar de um craque e pessoa tão digna de carater forte como ele.
bj!

Monica alvim disse...

Meu email monicalvim@hotmail.com

Unknown disse...

Mônica, boa noite. Qual era costumeiramente o número da camisa do Danilo (que, de certa, me deu o nome) quando jogava? E qual era o número da camisa na Copa de 1950 e na final?