Danilo Alvim nasceu em 03.12.1920 no Rio de Janeiro e foi um exemplo de perseverança, determinação e amor ao futebol. Em 1940, com apenas 19 anos, quebrou a perna em 39 lugares após ter sido atropelado por um automóvel. Contrariando todas as expectativas, voltou a jogar em 1942, e um ano depois foi contratado pelo Vasco junto ao América, por 90 contos de luvas e 2 contos de sálario. Nessa época foi apelidado de Príncipe por sua classe e habilidade, além de ser alto, esguio e elegante. Pelo Vasco, foi várias vezes campeão carioca, em 1945, 1947, 1949, 1950 e 1952, além de conquistar o título sul-americano de 1948 no Chile. Pela Seleção Brasileira jogou a Copa de 50. Na final, com a inesperada derrota para o Uruguai, Danilo saiu chorando do Maracanã, amparado pelo locutor Jaime Moreira, momento registrado em uma famosa foto que representa a dor que o Brasil sentia naquela hora.
Em 1953, transferiu-se para o Botafogo e em 56, de passe livre, assinou com o Uberaba, acumulando as funções de jogador e técnico. Reza a lenda que, no ano seguinte, quando Danilo Alvim queria ser só treinador, o Santos veio jogar um amistoso em Uberaba. O então bicampeão paulista tinha nada mais, nada menos, que Jair Rosa Pinto na meia-esquerda. Mas em campo, o Colorado findou a primeira etapa empatada. Então, durante o intervalo, no vestiário, antes das instruções, Alvim calçou as chuteiras e disse: "Vou fazer esse segundo tempo". Foi, fez e ajudou o Colorado a vencer. No final, parabenizado por Jair, teria dito diria ao ex-companheiro de seleções e do Vasco que aquela fora a sua última partida como jogador profissional. Em 57, convenceu Zizinho, o Mestre Ziza, outro dos grandes jogadores da história do futebol brasileiro, a jogar no Colorado.
Como treinador levou a Bolívia ao título sul americano de 1963. Segundo o ex-zagueiro Pavão, que foi treinado por Danilo no Uberaba, no final dos anos 50, o “Príncipe” contou que havia perdido praticamente tudo o que havia ganho como grande jogador que foi e que só restava uma casa no Rio de Janeiro em seu nome. Pediu para que não jogassem dinheiro pela janela e evitassem desperdícios. Infelizmente, as suas lições não o livraram de um destino triste, pois findou os dias em um asilo de velhos no Rio de Janeiro, onde morreu de pneumonia em 16 de maio de 1996.
3 comentários:
Meu nome é mônica Alvim sobrinha de Danilo Alvim o PRINCIPE DANILO me orgulho muito disso, sua irmã Délia é minha mãe eram 3 irmãos Danilo,Délia e Dalva.Eu herdei seu album que ele guardava com ele no lugar onde faleceu,ficou 10 anos internado não reconhecia mais ninguém com mal de alzheimer,dizem que aquela derrota de 50 mecheu muito com o emocional de todos que participaram,e relamente foi terr´ível.
Bom foi bom falar de um craque e pessoa tão digna de carater forte como ele.
bj!
Meu email monicalvim@hotmail.com
Mônica, boa noite. Qual era costumeiramente o número da camisa do Danilo (que, de certa, me deu o nome) quando jogava? E qual era o número da camisa na Copa de 1950 e na final?
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