Uberaba Sport Club, 98 anos de glória

Fundado em 15/07/1917, o Uberaba Sport sempre teve uma torcida apaixonada. Esse espaço pretende resgatar a bela história de nosso querido clube. É muito bom reviver esses grandes momentos, que explicam a paixão de nossa torcida, cada dia mais orgulhosa dos grandes jogos que voltaram a colorir o Uberabão. Nossa história é recheada de conquistas. Por várias vezes fomos os melhores do interior mineiro e, nos anos de 1981 e 1983, subimos direto para a Taça de Ouro, a partir da Taça de Prata. A Taça Minas Gerais, conquistada em 1980, não consta dos arquivos da Federação Mineira e é creditada ao América em algumas publicações. Mas eu estava lá... e vi o Uberaba levantar a Taça, já em 81, com uma vitória por 2x1, aos 50 minutos do segundo tempo, gol do lateral esquerdo Aldeir, após uma longa batalha jurídica contra a Federação Mineira. Nos posts a seguir, tento colocar os pingos nos is, e tenho certeza de que os mais jovens sentirão mais forte o orgulho de ser Colorado. Abaixo, assista aos dois gols do USC marcados contra o Flamengo, em 1981. Aquele primeiro tempo foi simplesmente fantástico. Foi uma derrota, mas a forma como o Colorado jogou foi incrível. Afinal, enfrentar o campeão brasileiro, o time do Zico, no Maracanã, e abrir 2x0... Até hoje escuto o barulho dos fogos.












terça-feira, 4 de setembro de 2012

Belmar: Voluntarioso defensor uberabense teve morte trágica.

.
Vilmar Fernandes de Lima, o BELMAR, nasceu em Uberaba em 26/11/1946. Lateral direito voluntarioso, mas de pouca técnica, destacava-se pela garra e determinação com que disputava as partidas. Jogou pelos três clubes profissionais de Uberaba da época, Independente, Nacional e Uberaba Sport.

Revelado pelo Atlético da Abadia, profissionalizou-se pelo Independente, participando da vitoriosa campanha na segundona de 67 e das duas campanhas da equipe cadete na divisão especial de Minas Gerais, em 68 e 69.

Transferiu-se para o Uberaba em 1970. Com a camisa colorada viveu seus melhores momentos no futebol. No início de 1973, quando era o capitão de uma equipe invicta há vários jogos, não aceitou as bases salariais e deixou o Uberaba para defender o rival Nacional, no Campeonato Mineiro que se iniciava. O alvinegro foi eliminado na primeira fase e Belmar voltou ao Colorado para compor a equipe que chegou ao terceiro lugar, em uma de nossas melhores campanhas.

Belmar com a camisa do Mixto, de Cuiabá.


Segundo seu irmão, Wilson Fernandes de Lima, uma das maiores tristezas de Belmar foi a dispensa pelo Colorado, em 1974. “Forçado a procurar outros clubes para atuar, senti que ali ele deixava um pedaço da sua vida e nunca foi mais o mesmo, dado o amor que tinha pelo Uberaba Sport Club”, completou Wilson. Jogou no Goiânia e no Goiás antes de se transferir para o Mixto, de Cuiabá, onde encerrou sua carreira, em 1976.

Após encerrar a carreira, Belmar trabalhou com revenda de motocicletas em Uberaba. Divorciado de Regina Ferreira Dias e pai de três filhos, Veruska, Katiuça e Moises, que lhe deram seis netos, morreu trágica e prematuramente em Uberaba em 02/03/2003, aos 55 anos de idade, em um episódio até hoje cercado de mistério.

A dona de casa Adriana Aparecida Pires, então companheira de Belmar, foi indiciada pela autoridade policial e denunciada pelo promotor de Justiça, André Tuma, pelo homicídio do ex-atleta, mas até hoje não foi levada a julgamento, adiado várias vezes por intervenção da defesa da ré.

Conforme consta nos autos, na madrugada do dia 25 de fevereiro, Belmar teria sido atacado por Adriana com várias pauladas na cabeça enquanto dormia, na residência do casal (Rua Papoulas, 710). Ele chegou a ser socorrido, mas morreu no Hospital São Domingos no dia 2 de março de 2003. Na versão sustentada por Adriana, ela teria ouvido um barulho após o marido se levantar para tomar água. Quando foi conferir a origem do ruído, ela teria encontrado seu companheiro caído no chão, sangrando.

À época, nem mesmo foi lavrado boletim de ocorrência das Polícias Militar e Civil, mas o inconformismo dos parentes de Belmar com a versão apresentada levou a polícia a investigar o ocorrido, surgindo então vários indícios que incriminaram sua então companheira.

Inicialmente, médicos e testemunhas disseram que o ex-atleta apresentava "hematoma frontal extenso", uma fratura de 25 centímetros no crânio que não poderia ter sido causada por uma queda. E, ainda segundo o inquérito policial, Adriana também chegou a limpar o local apontado como sendo o do crime. Peritos da Polícia Civil, liderados pelo delegado Heli Andrade, com o uso de Luminol, descobriram manchas de sangue em várias partes da casa, fato que também contribuiu para o indiciamento de Adriana como autora do crime.

Equipes em que jogou: Clube Atletico Uberabense, Independente A. Clube, Uberaba Sport Club, Nacional F.C, Goiás FC, Gôiania FC e Mixto de Cuiabá.

Um comentário:

Anônimo disse...

infelizmente justiça dos homens falhou a de deus nao