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Se o gênio da lâmpada aparecesse para me conceder um pedido único para o meu Uberaba Sport, nessa reta final de 2010, eu diria: Eu quero é ser campeão.
Se o gênio da lâmpada aparecesse para me conceder um pedido único para o meu Uberaba Sport, nessa reta final de 2010, eu diria: Eu quero é ser campeão.
É claro que a participação na Série D envolve a vontade firme de subirmos um degrau e nos posicionarmos melhor na hierarquia do futebol brasileiro. A vaga para a Série C garantirá um calendário cheio, permitindo um bom planejamento para 2011. E o regulamento não deixa dúvidas: só poderemos ser campeões se, antes, carimbarmos a vaga para a Série C.
Mas só escrevo essas linhas para tentar explicar o quanto anseio por um título como esse. Por ele, se tivesse o poder de decidir, até abriria mão dessa sonhada vaga para a Série C. Para um time como o Uberaba, um título conta muito. São dos títulos que nasce e se fortalece essa inexplicável paixão pelo futebol. Ou não seria o título do Módulo II em 2003, a origem de uma nova leva de jovens torcedores, que hoje se reúnem em uma das mais fanáticas e organizadas torcidas do interior brasileiro, a “Furacão Colorado”, apoiando o Uberaba por todo o Brasil? E os títulos fazem mais: motivam a comunidade, trazem novos investimentos para o clube, impulsionam a diretoria e possibilitam o nascimento de novas lideranças.
Tenho certeza que a partida final da Taça Minas Gerais de 2009, contra o Villa Nova, disputada em um estádio cheio, jamais será esquecida. Os gritos da torcida, a alegria dos jogadores, a invasão de campo e a volta olímpica, são sensações que os torcedores dos times do interior raramente têm a oportunidade de sentir e, quando ocorrem, produzem uma enorme felicidade, comparável à dos torcedores dos grandes times, nas finais dos campeonatos mais importantes.
Aqui mesmo na região temos o exemplo do Uberlândia, que foi campeão da Taça de Prata em 1984. Coisa que o Uberaba poderia ter conseguido em 1981 e 1983, anos em que subiu direto para a Taça de Ouro, então a primeira divisão de nosso futebol. O regulamento daqueles anos prejudicou o retrospecto histórico do Colorado, inclusive permitindo, injustamente, uma melhor posição de nosso rival no ranking da CBF.
Apesar do orgulho que temos da campanha daquelas equipes, e de vitórias históricas como a goleada sobre o Santa Cruz em 83, é o Uberlândia que até hoje comemora o título de uma Série B. E nós, o que ainda comemoramos daqueles anos? As belas campanhas? A classificação?
É por isso que terei muito orgulho em ver meu Colorado na Série C, mas o que eu quero mesmo é gritar: “É...CAMPEÃO....É...CAMPEÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!”